É incrível como a vida nos leva pelo vento, muitas vezes a um lugar onde não gostaríamos de ir. Ao contrário do que possa parecer eu não acredito no destino. Contudo não posso deixar de admitir que não controlamos muitas das coisas que acontecem conosco, temos algum controle mesmo que não seja total. Mas o principal é que temos a a capacidade de administrar estes acontecimentos. Podemos no final das contas decidir que medidas tomar a respeito de situações de crise.

Um bom exemplo do que estou escrevendo são os desastres naturais, certamente não é possível evitar que um furacão ou uma enchente aconteça, mas é possível agir o tanto antes como depois que a tragédia acontece para diminuir ao máximo os seus estragos. Existem muitos exemplos disto, um dos melhores é o furacão Katrina que varreu a costa Americana do Golfo do México em agosto de 2005. O furacão Katrina foi uma tragédia em grande parte devido a falta de planejamento das autoridades competentes, o mau estados de conservação dos diques que protegiam a cidade, e a deterioração dos mangues da cidade de New Orleans fizeram com que a inundação subseqüente ao furacão aumentasse o número de vítimas e dificultasse a chegada de assistência. Por outro lado o despreparo da defesa civil em resgatar as vítimas, e da guarda nacional nacional americana em manter a ordem após o acontecido fez com que a onda de violência,doenças, fome e falta de água potável piorasse ainda mais a situação.


No Brasil ano após ano convivemos com a mesma ladainha, todo ano grandes e pequenas cidades alagam, barracos são destruídos em deslizamentos de terra, estradas são interrompidas por quedas de barreiras. Mas pouca coisa é feita. Se um rio transborda ocasionalmente durante a época de cheia ou não a defesa cívil deve mapear estas áreas para prever ocorrência. Ter a capacidade de declarar estado de alerta e evacuar uma localidade antes da tragédia é possível, então porque não é feito? Não é feito pois isto demanda planejamento, demanda investimentos em inteligência e infraestrutura que simplesmente não são notados (mas que salvam vidas). Ninguém repara que sua casa não foi tomada pela água das enchentes por causa da rede de drenagem de água superficial, que esta devidamente separada da rede de esgoto, com um tamanho correto.
Na outra ponta esta o investimento na defesa civil, que precisa estar bem equipada, bem treinada e com o maior efetivo possível.
Neste cenário caótico o estado do Espírito Santo publica o seu mapa das áreas de risco, uma iniciativa louvável, a qual esperamos que seja rapidamente levada para outros estados. O mapa, que pode se visualizados na página da defesa civil estadual, é muito simples e permite tanto que as autoridades como moradores possam saber o estado de risco a que estão submetidos. Só esperamos que de agora em diante este seja continuamente atualizado, pois sem dúvida esta é uma grande iniciativa que não deve ter sua importância diminuída pelo tempo.
http://www.defesacivil.es.gov.br/ (página da defesa civil do Espírito Santo onde você pode baixar o mapa das áres de risco)
É amigo... falcatruas, superfaturamentos e insana busca por votos realmente são sentidos no dia a dia... nem é preciso uma chuva tão grande pra nossa Grande Vitória se tornar um caos intransitável. Obras de infra estrutura já é auto-explicativo: "intra" vem de "dentro"... da onde a população não vê, mas sente.
ResponderExcluirPrecisamos nos pronunciar mais sobre isso! E cobrar daqueles aos quais elegemos.
Tá de parabéns pela colocação.
Beijos no seu coração.
Obrigado Ani, mas isto era apenas uma coisa que tava entalada. Mas afinal é para isto que serve um blog não é?
ResponderExcluirUm grande beijo